O desempenho do Brasil no Pan sempre
dá esperança aos torcedores em relação às medalhas nas Olimpíadas no ano
seguinte. Especialmente desta vez, quando os Jogos de 2016 serão disputados no
Rio de Janeiro. Pensando nisso, o GloboEsporte.com analisa cada medalha de ouro
da delegação verde-amarela em Toronto 2015 dando o peso que cada uma delas tem
no cenário mundial. Em caso de esporte ou prova não olímpica, o atleta ficará
sem avaliação.
Atual campeão olímpico e vice mundial
em 2014, o ginasta continua dominando a prova de argolas. É verdade que não
precisou se esforçar tanto em Toronto. Sua nota 15.725 está abaixo dos 15.900
que obteve em Londres e é menos que os 15.733 que lhe deram a prata no Mundial
de Nanning. Na fase classificatória do Pan, Zanetti obteve 15.800. Seu grande
adversário é o chinês Liu Yang. Para ser bi nas Olimpíadas Rio 2016, o
brasileiro precisa voltar a alcançar os 15.900, mas mantendo o nível das
últimas competições, a medalha é quase certa.
Léo voou em Toronto e o seu tempo de
1m55s01 foi recorde do Pan. Está claramente em ascensão. Fez 1m58s03 em Londres
2012 e nem foi à semifinal, melhorou para 1m56s44 no Mundial de Barcelona, em
2013, e ficou em sexto. O tempo do Pan teria sido prata na Espanha e quinto nas
Olimpíadas. É claro que há evolução no passar dos anos e o principal expoente
da prova, o sul-africano Chad Le Clos, costuma nadar abaixo de 1m50s00. O
Mundial de Kazan, em agosto, vai situar melhor a posição de Léo no cenário
mundial.
A competição de 200m da canoa só passou a ser olímpica em 2012 e vem evoluindo muito no atual ciclo. O tempo da vitória no Pan de 39s991 seria ouro em Londres, quando a prova foi vencida pelo ucraniano Cheban em 42s291. Esse parâmetro, porém, ficou para trás. Com a dedicação dos principais canoístas à prova, Isaquias nem teria ido à final no Mundial da Rússia em 2014. O campeão obteve 38s137 e o nono finalista 39s604. Os 200m não são a especialidade do brasileiro, que tem, de fato, mais chances de medalha nos 1.000m.
Vitórias em provas de revezamento
empolgam, mas é importante lembrar que os EUA não estão com sua equipe
principal, apesar de Cullen Jones, que fez parte do time vice olímpico em Londres,
ter nadado em Toronto. Nas últimas Olimpíadas, o Brasil ficou fora da final. O
tempo, que foi recorde do Pan, daria à equipe verde-amarela o sétimo lugar em
2012 e o sexto no Mundial de Barcelona, um posto acima da sua posição na
competição em 2013. Se Cielo fizer parte do revezamento, esse tempo pode
baixar. Uma medalha olímpica, porém, ainda é um sonho distante.
Com três adversários pouco cotados, o
brasileiro de 32 anos fez valer a sua experiência para chegar ao bi do Pan. O
título de campeão mundial de 2007 não pode ser esquecido, mas ele colecionou
decepções, especialmente em Olimpíadas, e deve ter uma chance final de redenção
na mesma cidade em que alcançou o topo do mundo: o Rio. Em Toronto, estava na
disputa o número 10 do mundo José Armenteros, de Cuba, que não chegou à final
contra Luciano (14º), pois perdeu para o canadense Marc Deschenes (50º). O dono
da casa não foi páreo para o brasileiro.
Como toda medalha, merece muita
comemoração. Mas a própria participação de David nas Olimpíadas é bem difícil.
O seu principal adversário é o vice-campeão olímpico Rafael Silva, o Baby,
segundo do ranking mundial - Moura ocupa uma honrosa 12ª posição. Além disso,
seus rivais no Pan não tem títulos de vulto no currículo e ocupam posições
intermediárias ou baixas no ranking mundial. Fica o alento, caso Baby não possa
disputar as Olimpíadas: há um substituto à altura.
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