Podcast 12 - Esportes

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Brasileiros amam eSports, diz executivo do game 'World of Tanks'


O game de batalhas entre tanques de guerra "World of Tanks" foi lançado em 2010, mas só no início de maio, durante a feira XMA, ele foi apresentado oficialmente no Brasil. A vinda da Wargaming, criadora do game, para cá é estratégica: a empresa quer investir mais em esportes eletrônicos e os jogadores brasileiros "amam muito eSports", segundo Chris Cook, diretor de comunicação da Wargaming na América.
"Como os eSports estão se tornando cada vez mais importantes para nós como empresa e também estão explodindo no Brasil, percebemos que esse é o lugar onde queremos ir", afirma o executivo.
"Na última temporada do torneio da América do Norte, uma equipe brasileira jogou. Eles não ganharam, infelizmente, mas mostraram que o Brasil tem jogadores muito bons, com potencial e capacidade de jogar em nível profissional. Estamos muito animados em fazer com que mais gente jogue em alto nível".
"World of Tanks" é um game de combate com alguns elementos de simulação. Os jogadores escolhem entre vários modelos de blindados da primeira metade do século XX, cada um com características próprias, e devem levar em conta variáveis como a física das balas e até a camuflagem dos tanques para vencer.
Na XMA, o G1 conversou com Cook sobre a chegada oficial de "World of Tanks" ao Brasil e ele diz não temer a forte concorrência de "League of Legends", "Dota 2" e outros games online bem populares por aqui.
"Não somos um jogo de fantasia ou um MOBA. Somos únicos em como nosso título se comporta, e em como as equipes trabalham juntas, se comunicando e planejando estratégias. Algumas pessoas falam que 'World of Tanks' tem um ritmo mais lento, mas é isso que grande parte dos nossos jogadores gosta. O sucesso depende da comunicação", conta.
Cook lamenta que "World of Tanks" ainda não terá servidores no Brasil – um "objetivo a longo prazo" – mas comemora que as tentativas da empresa de tornar o game "mais brasileiro", como a sua localização completa, têm surtido efeito. "Durante o Carnaval, nós fizemos algumas atividades dentro do jogo que eram só sobre o Carnaval, só para brasileiros. E vimos nossa base de jogadores crescer 60% só nesse período".
Ao contrário de outros jogos online, competitivos e "free to play", ou seja, gratuitos para jogar, a grande maioria dos mais de 10 milhões de jogadores de "World of Tanks" não fica na América do Norte ou Ásia. É na Rússia e no leste europeu, onde fica a própria Wargaming, que o game faz mais sucesso. E para Cook, isso tem tudo a ver com a história militar desses países.
"Se você olhar para a 2ª Guerra Mundial, para a União Soviética na época, a guerra foi vencida pelos tanques. Por isso, os tanques na Rússia, Bielorrússia, Estônia, não são parte apenas da história militar, mas parte da cultura. Em Minsk, por exemplo, tem um monumento com um tanque T-34 em cima. Não é uma pessoa, um general, mas um tanque. Porque o tanque basicamente venceu a guerra para eles".
Cook também comentou sobre os desafios de desenvolver um game de graça e o que é preciso fazer para manter o título sempre atraente. "Eu acredito que o modelo 'free to play' é provavelmente um pouco mais ágil em termos de desenvolvimento porque é um serviço vivo. O game nunca para. Em algum lugar do mundo o jogo está rodando e há pessoas reclamando ou amando algo. Nós temos que conseguir ficar a par das expectativas e das experiências dos consumidores e dar a eles o conteúdo que eles querem".

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